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Foto do escritorMaila Adriely Silva

Sistema Radicular: Saiba como os micronutrientes podem contribuir para o desenvolvimento das raízes

Atualizado: 27 de nov.


Circular Técnica - Terrena (2/2024)

 


Introdução

As raízes são consideradas a “boca” que nutre as plantas por meio da absorção de água e nutrientes. Além da absorção, elas são alicerce e atuam como meio de sustentação para as plantas se desenvolverem. As raízes também melhoram a estrutura do solo e promovem a atividade microbiana, contribuindo para a fertilidade e a eficiência do sistema de produção. Por esses motivos, é importante adotar estratégias de manejo que estimulem o crescimento e desenvolvimento do sistema radicular.

Além de macronutrientes como o fósforo (P), cálcio (Ca), potássio (K) e magnésio (Mg), os micronutrientes também são indispensáveis nesse processo. No desenvolvimento radicular, eles estão ligados principalmente com a produção do hormônio auxina, que estimula a diferenciação das células induzindo o enraizamento (MARSCHNER, 2011). O boro (B) por exemplo, é ativador de enzimas que atuam no metabolismo da auxina, na divisão e alongamento celular e no transporte de carboidratos. O carboidrato transportado para as raízes é utilizado como fonte de energia para o crescimento e para que de fato o crescimento das raízes ocorra, é necessário um bom alongamento e divisão celular (MARSCHNER, 2011) (Figura 1). A figura 2 mostra que a redução no alongamento celular ocorre poucas horas após diminuir o fornecimento desse nutriente para a cultura.


Figura 1: Efeito da aplicação de boro no desenvolvimento radicular de plantas de canola, soja e milho. Fonte: Ismail Cakmak.


Figura 2: Alongamento radicular em plantas com e sem a presença de boro. Fonte: Saldanha et al. (2023). 

Já o zinco (Zn), para o crescimento radicular é importante na síntese de triptofano, que é o aminoácido precursor da formação de auxina (TAIZ et al., 2017). O manganês (Mn) assim como o Zn, está envolvido na ativação de enzimas presentes na rota de produção do triptofano e da ornitina, aminoácidos que possuem ação enraizadora (MARSCHNER, 2011). O molibdênio (Mo) é constituinte da aldeído oxidase, enzima que também está envolvida na produção dos hormônios ácido abscísico e auxina (LEYDECKER et al., 1995).  

Para obter maiores produtividades, os níveis desses nutrientes devem ser corrigidos no solo. Como complementação, a aplicação via tratamento de semente, sulco de semeadura ou foliar também é uma boa estratégia. O ideal é que o fornecimento desses nutrientes seja realizado desde o estabelecimento inicial da cultura. Para essa finalidade, recomenda-se a aplicação de Strenus, fertilizante líquido, aplicado via sulco de semeadura, que possui em sua composição nitrogênio, fósforo, boro, zinco e substâncias orgânicas com função enraizadora.  


 
Referencial bibliográfico:
LEYDECKER, M.-T.; MOUREAUX, T.; KRAEPIEL, Y.; SCHNORR, K.; CABOCHE, M. Molybdenum cofactor mutants, specifically impaired in xanthine dehydrogenase activity and abscisic acid biosynthesis, simultaneously overexpress nitrate reductase. Plant Physiology, Rockville, v. 107, p. 14271431, 1995.
MARSCHNER, H. (Ed.). Marschner's mineral nutrition of higher plants. 3rd edition. London: Elsevier/Academic Press, 2011. 672 p. 
TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 888 p. 

Revisão:
Igor Modesto Soares de Oliveira
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